A WWF-Brasil, a ONG inglesa Conservation Drones, o ICMBio, a Agência
Nacional de Águas (ANA), a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Ibama, o
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a Embrapa e o Instituto
Araguaia de Proteção Ambiental, uma organização não-governamental do Estado do
Tocantins lançaram dia 17 de julho o Projeto Ecodrones Brasil com objetivo de
otimizar a conservação do ponto de vista técnico e econômico.
Com capacidade de coletar dados e
imagens de alta resolução, a tecnologia dos Veículos Aéreos Não Tripulados (os
Vant’s, popularmente conhecidos como drones) pode contribuir na preservação dos
recursos naturais. Segundo o especialista do Programa Amazônia do WWF-Brasil,
Marcelo Oliveira, o potencial de uso desses equipamentos na esfera ambiental é
enorme. Ele contou que os ecodrones trazem oportunidades inovadoras para o
mapeamento de áreas protegidas, monitoramento da biodiversidade, combate a
incêndios florestais, caça e exploração dos recursos naturais, bem como na
coleta de dados científicos. O Diretor de Criação e Manejo do ICMBio, Sergio
Brant, destacou que o órgão tem muito interesse nas possibilidades e
alternativas de uso dos Vant’s. “É uma ferramenta interessante, que tem uma
série de possibilidades de utilização em áreas protegidas: desde fiscalização
até o uso público”, afirmou.
A utilização de drones nesse tipo de
atividade no Brasil ainda é pequena ou realizada de forma isolada, já que a lei
que regulamenta seu uso não traz regras claras para este tipo de finalidade. Para
isso, o Projeto Ecodrones está focado em construir um cenários positivo para a
utilização dos Vant’s no que diz respeito á conservação ambiental nos próximos
meses. “Nós não faremos uso recreativo ou comercial deste equipamento, e
entendemos que é preciso uma normatização diferente, que contemple e auxilie
seu uso com objetivo de conservação do patrimônio natural brasileiro”, disse
Oliveira. Além da regulamentação, Oliveira defende a formação de um corpo
técnico capacitado e habilitado para pilotar os equipamentos e realizar um
planejamento que possibilite voos seguros e eficientes. “É nessa etapa que o
grupo de cooperação está concentrando seus esforços”, afirmou Oliveira.
Fonte: Sambiental
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