segunda-feira, 20 de julho de 2015

Correios suíços começaram a usar drones


O objetivo é que os aparelhos venham a ser usados para efetuar entregas regulares de correios, nomeadamente em zonas remotas, como por exemplo aldeias situadas nos Alpes suíços



A Swiss Post anunciou na terça-feira que começou a testar a entrega de encomendas postais através de drones (aparelhos não tripulados), exibindo os aparelhos que espera que daqui a cerca de cinco anos venham a efetuar parte das suas entregas.

“O drone é extremamente leve e tem capacidade para transportar cargas até um quilograma durante mais de 10 quilómetros com um único carregamento de bateria”, refere uma declaração dos correios suíços.

A Swiss Post está a desenvolver o projeto com a Swiss WorldCargo, uma divisão da Swiss International Air Lines. O drone foi concebido pela Matternet, empresa sediada nos Estados Unidos. A rota do voo é seguida com recurso a GPS.

“Até se chegar ao momento do seu uso comercial realista, daqui a cerca de cinco anos, há vários requisitos que precisam de ser clarificados”, acrescenta a declaração da Swiss Post.

Entre esses requisitos encontram-se os regulamentos legais que permitam que um aparelho aéreo não identificado voe, nomeadamente, através dos Alpes suíços, de modo a chegar a aldeias remotas onde as entregas através de drones serão extremamente úteis.

Projeto da Amazon chocou com restrições do uso do espaço aéreo nos Estados Unidos
“As possíveis áreas de aplicação que a tecnologia dos drones apresenta são diversas, indo desde entregas em áreas periféricas à entregas expresso de bens”, acrescentam.

A empresa frisa contudo que “não é realista” pensar que os drones irão substituir os tradicionais métodos de entregas: “Isto é inimaginável no nosso já sobrelotado pequeno espaço aéreo quando mais de 500 000 entregas postais são feitas diariamente, e cerca de um milhão por dia durante a época natalícia”.

Em 2013, a Amazon anunciou que tencionava começar a fazer entregas com drones dentro de “quatro a cinco anos”, mas a ideia chocou com as restrições do uso do espaço aéreo nos Estados Unidos, que determinam que o uso comercial de drones requer uma certificação especial de pilotagem e os aparelhos não são autorizados em zonas de grande densidade populacional.


Fonte: Expresso.sapo.pt
Crédito da Foto: Jean-Christophe Bott/EPA

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